terça-feira, 7 de abril de 2009

Componentes do Grupo: Anna Flávia, Bárbara, Naiara e Pedro Henrrique.

Revolução do Mexico

Trabalho sobre:
Revolução do Mexico


• Revolução Mexicana
Introdução
A revolução iniciou em 1910 foi um grande movimento popular, anti-latifundiário e anti-imperialista que foi responsável por importantes transformações no México, apesar da supremacia da burguesia sobre as instituições do estado

O Porfiriato
O período de 1876 em 1911 caracterizou-se pela ditadura de Porfírio Diaz, responsável pelo desenvolvimento do capitalismo mexicano. Apoiado no ingresso de capitais e empresas estrangeiras e uma política anti popular. Apoiou-se ainda no exército que possuía a função de política do Estado e na Igreja Católica.

A eclosão da revolução

Em 1908, Diaz da uma entrevista dizendo estar cansado de exercer o poder, insinuando a possibilidade da alternância no poder.
Isto bastou para Francisco Madero se candidatar na plataforma antireeleicionista. A recepção da candidatura foi muito grande, isto bastou para os científicos pressionarem Diaz a continuar no poder. Madero foi aprisionado dias antes da eleição. Diaz vence a eleição. Posto em liberdade Madero que segue para E.U.A e junta forças. Diaz vai para o exílio depois de maderistas e federais assinarem a paz. Madero é eleito presidente do México.

O choque entre Madero e Zapata

Madero acreditava que os objetivos da revolução já tinha sido alcançados, pois o México contava com instituições democráticas que atenderiam os desejos reformistas e o dos camponeses. Mas Zapata acreditava que não existia reforma agrária sem posse de armas. Esse atrito colocou Madero na dependência da camarilha militar chefiada basicamente por gen. Huerta.
A deposição de Madero e o governo Huerta
Lança-se o golpe. Gen. Felix Diaz pega armas contar o governo. O gen. Huerta entra em acordo com gen. Diaz. Huerta forma um novo governo provisório , enquanto Diaz se desmobilizaria.


Madero foi afastado do poder.
O governo nortista Carranza não reconheceu o novo governo e deu inicio a mobilização contra Huerta. O mesmo fez Villa no norte e Zapata no sul. Forma-se o exercito constitucional que visa restabelecer o naderismo , liderado por Venustiano Carranza. Huerta renuncia.
Constitucionalistas contra os camponeses
Zapata e Madero enfrentam um novo confronto. E Carranza é obrigado a enviar à Convenção um decreto de reforma agrária. Mesmo com o acordo entre Villa e Zapata chamado Pacto de Xoximilco, Carranza reorganiza as forças militares e Villa e Zapata são derrotados, estabelecendo também pena de morte contra os grevistas.
O fim das lideranças camponesas e a classe Operária
Com a derrota pelos federais sob o comando de Álvaro Obregón, vilistas e zapatistas entram em decomposição. Carranza neutraliza poderosas lideranças com o assassinato de Zapata e afastamento de Villa. Os constitucionais estabelecem a reforma agrária.
Enquanto os camponeses tiveram uma presença constante na Revolução, a classe operária terminou seguindo os vitoriosos. Os trabalhadores apoiam Obregón-Calles, e reconhecem o direito de formar sindicatos.
A Constituição de 1917

Carranza aprova a nova constituição, documento de máxima importância da Revolução de 1910.
É estabelecido, no conjunto dos artigos mais importantes:
O ensino Laico; A expropriação de terras em favor dos ranchos e dos ejidos; Fixava as relações Capital e Trabalho; Restringiu o poder da Igreja; Secularização do clero. Esta constituição representou a separação da Igreja e do Estado.

A estabilização da Revolução
Obregón-Calles

Com o assassinato de Carranza, o poder foi os generais Obregón e Calles. Ocorre uma reação do clero católico, que suspendeu a celebração religiosa no país, devido a rígida política anticlerical imposta pelo general Calles, sucessor de Obregón. Esta última guerra civil acaba com a derrota dos católicos. Em 1928 Obregón foi reeleito, mas foi assassinado. Terminando o período revolucionário com a sua morte.
Os Bastiões do novo regime

A burguesia teve importância maior com a revolução, que se apropriou das terras e iniciou um processo de integração capitalista mais acelerado no país. Com isso, sedimentou-se a classe média rural e os índios proprietários dos ejidos.
Os trabalhadores, organizados em sindicatos atrelados ao partido e aos Estados formam com os outros setores um pacto social de longa duração.

As conseqüências da Revolução Mexicana
É promulgada a Constituição reformada;
A nacionalização do solo e do subsolo e devolução das terras comuns aos indígenas; A Igreja Católica é separada do Estado e tem seus poderes diminuídos. Os trabalhadores passam a ter direitos reconhecidos. No governo de Obregón:
Organizam-se sindicatos e consolida-se o sistema de educação nacional; Inicia-se o desenvolvimento da grande pintura mural mexicana; É fundado o Partido Revolucionário Institucional (PRI); O general Cárdenas aprofunda a reforma agrária e nacionaliza as empresas de petróleo e ferrovias. Quando o presidente Manuel Ávila Camacho é eleito, um período de consolidação e reconciliação marca o fim da revolução, dando início a uma fase de desenvolvimento industrial.
A mais recente influência da Revolução Mexicana foi em relação a adesão do México ao Nafta que recebeu a oposição do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN). Assim como Zapata o fez, o EZLN reivindica melhores condições de vida para os camponeses indígenas e reforma agrária, além de considerar nociva a intrusão estrangeira na vida mexicana, que acredita ser representada pelo Nafta. O EZLN tomou várias cidades do Estado de Chiapas, região bastante pobre do sudeste do México, tendo como objetivo mostrar ao governo mexicano e ao mundo sua insatisfação com o projeto político e econômico dos Estados Unidos.
Queda de Porfírio Díaz


Porfírio Díaz Mori.

A luta armada começou depois da fraude eleitoral perpetrada em 1910 pelo General Porfírio Díaz Mori, que se tinha mantido de maneira quase ininterrupta na presidência do México desde 1876. A presidência de Díaz se tinha caracterizado por impulsionar a industrialização e pacificação do país a custo da exploração das classes camponesa e operária, concentrando a riqueza, o poder político e o acesso à educação num punhado de famílias possuidoras de grandes latifúndios e em algumas empresas de origem estrangeira, principalmente francesas, britânicas e estadunidenses.
Nas eleições de 1910 Díaz tinha tido como adversário Francisco I. Madero, um rico empresário educado no estrangeiro que simpatizava com as reformas sociais que desde vários anos eram promovidas por intelectuais como Antonio Horcasitas ou os irmãos Jesús e Ricardo Flores Magón. Díaz mandou prender a Madero enquanto fazia campanha em Monterrey e posteriomente o transladou a San Luís Potosí, enquanto Diaz pôde reeleger-se novamente à Presidência da República. Madero conseguiu fugir e exilar-se em San Antonio, Texas, onde redigiu o Plano de San Luís no qual convocava um levantamento armado que deveria ter início a 20 de Novembro de 1910 às 18:00 horas. Adicionalmente, o plano declarava nulas as eleições de 1910, não reconhecia o governo de Díaz, nomeava a Madero presidente provisório, restituía aos indígenas as terras que se lhes tinha apreendido mediante a Lei de baldios e estabelecia o princípio de não-reeleição para os postos políticos no país.
Diversos rebeldes e caudilhos populares responderam ao chamamento mas nunca formaram um movimento homogêneo nem compartilharam os mesmos ideais. Brigavam camponeses indígenas encabeçados por Emiliano Zapata, que reclamavam o roubo ancestral de suas terras, e as tropas de Pancho Villa, um foragido que estendeu os conflitos até o território dos Estados Unidos. A 20 de Novembro de 1910 se levaram a cabo treze confrontos em Durango, San Luís Potosí, Veracruz e Chihuahua. A luta contra o exército federal se estendeu por todo o país mas durou pouco, pois o presidente Díaz renunciaria cinco meses depois.
Depois de sua queda se iniciou uma luta fratricida entre rebeldes e ideologias que custaria a vida a um milhão de mexicanos, 10% da população total daquela época.


Francisco I. Madero

Francisco I. Madero

Depois da renúncia do presidente Díaz se formou um governo provisório encabeçado por Francisco León de la Barra que entregaria a presidência a Madero em 1911, no entanto dois anos depois Madero seria vítima de um golpe de estado encabeçado pelo general Victoriano Huerta. O efêmero governo maderista tinha sido incapaz de pacificar o país e os caudilhos enfocaram a luta na contramão do novo governo.
Victoriano Huerta
Com a morte de Madero, subiu ao poder
Victoriano Huerta. Esta usurpação de poder seria apoiada pela aristocracia latifundiária, que via em Huerta uma oportunidade de restabelecer o sistema de Díaz. Os líderes locais redirigiram os seus esforços para a luta contra o novo governo e acusando Huerta de assassinar Madero em conluio com o embaixador americano, Henry Lane Wilson. Esta luta era dirigida por Pancho Villa, Zapata, Carranza e Obregón. A pressão dos Estados Unidos, que culminaria na ocupação de Veracruz após o incidente de Tampico, em combinação com as ações dos rebeldes, acabariam por levar à queda de Huerta. Derrotado, exilar-se-ia em El Paso, Texas, onde viria a falecer alguns anos mais tarde.
Venustiano Carranza
A fim de conter a carnificina,
Venustiano Carranza, o governador do nordestino estado de Coahuila formou o Exército Constitucionalista tendo em vista pacificar o país adotando a maior parte das demandas sociais defendidas pelos rebeldes e integrando-as a uma nova Constituição de tom progressista. Carranza conseguiu incluir a maior parte das demandas no texto da Constituição de 1917, incluindo o Plano de Ayala de Emiliano Zapata, mas seu desejo de pacificar o país provou ser mais forte do que sua habilidade para solucionar os problemas que tinham dada origem à violência, assim que, um a um, foi assassinando os rebeldes do movimento.
Álvaro Obregón
O governo de Carranza durou pouco. O general
Álvaro Obregón, que tinha desempenhado na primeira etapa de seu governo o cargo de Ministro de Guerra e Marinha, sublevou-se ao ver-se em desvantagem em sua luta pela candidatura oficial nas próximas eleições federais e levou à morte de Carranza em 21 de maio de 1920. Obregón assumiu o poder e demonstrou não só ser um hábil militar, pois terminou de pacificar a maior parte do país, senão um hábil político que fomentou a criação e ao mesmo tempo se fez o apoio de múltiplos sindicatos e centrais operárias. Foi sucedido pelo também general Plutarco Elías Calles, que promoveria algumas leis anti-clericais que provocariam a Guerra Cristera e fundaria o Partido Revolucionário Institucional (PRI), que se manteria na presidência da República por mais de setenta anos. Ainda que a reeleição estivesse expressamente proibida pela Constituição de 1917, Obregón conseguiu fazê-lo em 1928 mas foi assassinado por um extremista católico antes de tomar posse do cargo.


O governo de Porfírio Díaz e suas conseqüências (1876 – 1911)
Na transição do século XIX para o século XX, o regime do General Porfírio Díaz começou a agonizar. Díaz assumiu o poder em nome da plataforma do regime liberal que implantou o imobilismo político.
Socialmente: A principal base de apoio da ditadura foi a camada latifundiária; estes os grandes beneficiários da política do governo, que eliminou o ejido ( terras comunitárias de origem indígena ) possibilitando maior concentração fundiária e a formação de grande contingente de camponeses super explorados. Se o campo se encontrava nas mãos da aristocracia rural, as minas, o comércio, os bancos e as poucas indústrias eram concessões dadas ao capital estrangeiro, principalmente americano. Assim, o porfiriato era resultado político do pacto social entre os latifundiários e o capital estrangeiro, de resto pacto característico da América Latina em sua forma geral.
O Poder político: Este pacto social, que tem a sua cabeça política na figura de Porfírio Díaz, foi o avalista da "paz social" e interclassista que assegurava o domínio dos haciendados sobre a população camponesa. Díaz impôs a "pax porfirista" entre os inúmeros "caciques" agrários ao mesmo tempo em que reprimia ferozmente a marginalidade social imposta pelo seu sistema.
O Estado: Este Estado porfirista era administrado por uma burocracia civil-militar que se inspirava no positivismo europeu, os chamados "científicos" que acreditam poder regenciar a sociedade de maneira autoritária, de cima para baixo.
A Igreja: A Igreja mexicana sempre desempenhou um papel político importante na História do país. No entanto, esse poder foi afetado na chamada Era das Reformas (1854 - 76) quando a Igreja perdeu parte considerável do poder, principalmente pela adoção da política dos liberais que lhes confiscaram as terras. Essa Igreja era extremamente orgulhosa de seu passado, e o alto clero considerava o seu papel fundamental na manutenção do império espanhol e o responsável principal pelo conformismo popular para com a dominação aristocrática.
Carranza aprova a nova constituição, documento de máxima importância da Revolução de 1910.
É estabelecido, no conjunto dos artigos mais importantes:
O ensino Laico; A expropriação de terras em favor dos ranchos e dos ejidos; Fixava as relações Capital e Trabalho; Restringiu o poder da Igreja; Secularização do clero. Esta constituição representou a separação da Igreja e do Estado.
A estabilização da Revolução
Obregón-Calles
Com o assassinato de Carranza, o poder foi os generais Obregón e Calles. Ocorre uma reação do clero católico, que suspendeu a celebração religiosa no país, devido a rígida política anticlerical imposta pelo general Calles, sucessor de Obregón. Esta última guerra civil acaba com a derrota dos católicos. Em 1928 Obregón foi reeleito, mas foi assassinado. Terminando o período revolucionário com a sua morte.
Os Bastiões do novo regime
A burguesia teve importância maior com a revolução, que se apropriou das terras e iniciou um processo de integração capitalista mais acelerado no país. Com isso, sedimentou-se a classe média rural e os índios proprietários dos ejidos.
Os trabalhadores, organizados em sindicatos atrelados ao partido e aos Estados formam com os outros setores um pacto social de longa duração.
As conseqüências da Revolução Mexicana
É promulgada a Constituição reformada;
A nacionalização do solo e do subsolo e devolução das terras comuns aos indígenas; A Igreja Católica é separada do Estado e tem seus poderes diminuídos. Os trabalhadores passam a ter direitos reconhecidos. No governo de Obregón:
Organizam-se sindicatos e consolida-se o sistema de educação nacional; Inicia-se o desenvolvimento da grande pintura mural mexicana; É fundado o Partido Revolucionário Institucional (PRI); O general Cárdenas aprofunda a reforma agrária e nacionaliza as empresas de petróleo e ferrovias. Quando o presidente Manuel Ávila Camacho é eleito, um período de consolidação e reconciliação marca o fim da revolução, dando início a uma fase de desenvolvimento industrial.
A mais recente influência da Revolução Mexicana foi em relação a adesão do México ao Nafta que recebeu a oposição do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN). Assim como Zapata o fez, o EZLN reivindica melhores condições de vida para os camponeses indígenas e reforma agrária, além de considerar nociva a intrusão estrangeira na vida mexicana, que acredita ser representada pelo Nafta. O EZLN tomou várias cidades do Estado de Chiapas, região bastante pobre do sudeste do México, tendo como objetivo mostrar ao governo mexicano e ao mundo sua insatisfação com o projeto político e econômico dos Estados Unidos.

Revolução da Russa

Trabalho Sobre:
Revolução da Russa


- Introdução
No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da agricultura, pois 80% de sua economia estava concentrada no campo (produção de gêneros agrícolas)

(“Não queremos lutar , mas defenderemos os Sóvieticos “)


Até 1917, o Império Russo foi uma monarquia absolutista. A monarquia era sustentada principalmente pela nobreza rural, dona da maioria das terras cultiváveis. Das famílias dessa nobreza saíam os oficiais do exército e os principais dirigentes da Igreja Ortodoxa Russa.
Pouco antes da Primeira Guerra Mundial, a Rússia tinha a maior
população da Europa, com cerca de 171 milhões de habitantes em 1914. Defrontava-se também com o maior problema social do continente: a extrema pobreza da população em geral. Enquanto isso, as ideologias liberais e socialistas penetravam no país, desenvolvendo uma consciência de revolta contra os nobres. Entre 1860 e 1914, o número anual de estudantes universitários cresceu de 5000 para 69000, e o número de jornais diários cresceu de 13 para 856.
A população do Império Russo era formada por povos de diversas
etnias, línguas e tradições culturais. Cerca de 80% desta população era rural e 90% não sabia ler e escrever, sendo duramente explorada pelos senhores feudais Com a industrialização foi-se estabelecendo progressivamente uma classe operária, igualmente explorada, mas com maior capacidade reivindicativa e aspirações de ascensão social. A situação de extrema pobreza e exploração em que vivia a população tornou-se assim um campo fértil para o florescimento de idéias socialistas.


A decadência da monarquia czarista


Para compreender as causas da Revolução Russa, é fundamental conhecer o desenvolvimento básico das estruturas socioeconômicas na Rússia, durante o governo dos três últimos czares.



Alexandre II (1858 - 1881)


Alexandre II tinha consciência da necessidade de se promover reformas modernizadoras no país, para aliviar as tensões sociais internas e transformar a Rússia num Estado mais respeitado internacionalmente. Com sua política reformista, Alexandre II promoveu, por exemplo:
a abolição da
servidão agrária, beneficiando cerca de 40 milhões de camponeses que ainda permaneciam submetidos ao mais cruel sistema de exploração de seu trabalho;
a suspensão da
censura aos livros e à imprensa;
o incentivo ao
ensino elementar e a concessão de autonomia acadêmica às universidades;
a concessão de maior autonomia administrativa aos diferentes governos das
províncias.
Mesmo sem provocar alterações significativas na estrutura social existente na Rússia, a política reformista do czar encontrou forte oposição das classes conservadoras da
aristocracia, extremamente sensíveis a quaisquer perdas de privilégios sociais em favor de concessões ao povo.
Apesar das medidas reformistas, o clima de tensão social continuava aumentando entre os setores populares. A terra distribuída aos camponeses era insuficiente, estando fortemente concentrada nas mãos de uma aristocracia
latifundiária. A esta faltavam no entanto recursos técnicos e financeiros para uma modernização da agricultura. Esses problemas se traduziam na baixa produtividade agrícola, que provocava freqüentes crises de abastecimentos alimentares, afetando tanto os camponeses como a população urbana.
Em
1881, o czar Alexandre II foi assassinado por um dos grupos de oposição política (os Pervomartovtsky) que lutavam pelo fim da monarquia vigente, responsabilizada pela situação de injustiça social existente.

Alexandre III (1881 - 1894)
Após o assassinato de Alexandre II, as forças conservadoras russas uniram-se em torno do novo czar, Alexandre III, que retomou o antigo vigor do regime monárquico absolutista.
Alexandre III concedeu grandes poderes à
polícia política do governo (Okhrana), que exercia severo controle sobre os setores educacionais, imprensa e tribunais, além dos dois importantes partidos políticos (Narodnik e o Pa Social-Democrata Russo partido Operário ), que queriam acabar com a autocracia passaram a actuar na clandestinidade.
Impedidos de protestar contra a exploração de que eram vítimas, camponeses e
trabalhadores urbanos continuaram sob a opressão da aristocracia agrária e dos empresários industriais. Estes, associando-se a capitais franceses, impulsionavam o processo de industrialização do país. Apesar da repressão política comandada pela Okhrana, as idéias socialistas eram introduzidas no país por intelectuais preocupados em organizar a classe trabalhadora.
Alexandre III faleceu em 1894.
Nicolau II (1894 - 1917)
Nicolau II, o sucessor de Alexandre III, procurou facilitar a entrada de capitais estrangeiros para promover a industrialização do país, principalmente da França, da Alemanha, da Inglaterra e da Bélgica, esse processo de industrialização ocorreu posteriormente à da maioria dos países da Europa Ocidental. O desenvolvimento capitalista russo foi ativado por medidas como o início da exportação do petróleo, a implantação de estradas de ferro e da indústria siderúrgica.
Os investimentos industriais foram concentrados em centros urbanos populosos, como Moscovo, São Petersburgo, Odessa e Kiev. Nessas cidades, formou-se um operariado de aproximadamente 3 milhões de pessoas, que recebiam salários miseráveis e eram submetidas a jornadas de 12 a 16 horas diárias de trabalho, não recebiam alimentação e trabalhavam em locais imundos, sujeitos a doenças. Nessa dramática situação de exploração do operariado, as idéias socialistas encontraram um campo fértil para o seu florescimento.


O Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR)


Stalin, Lenin e Kalinin em 1919.
Com o desenvolvimento da industrialização e o maior relacionamento com a
Europa Ocidental, a Rússia recebeu do exterior novas correntes políticas que chocavam com o antiquado absolutismo do governo russo. Entre elas destacou-se a corrente inspirada no marxismo, que deu origem ao Partido Operário Social-Democrata Russo.
O POSDR foi violentamente combatido pela Ochrana. Embora tenha sido desarticulado dentro da Rússia em
1898, voltou a organizar-se no exterior, tendo como líderes principais Gueorgui Plekhanov, Vladimir Ilyich Ulyanov (conhecido como Lênin) e Lev Bronstein (conhecido como Trotski).
A divisão do Partido: mencheviques e bolcheviques
Em
1903, divergências quanto à forma de ação levaram os membros do partido POSDR a se dividir em dois grupos básicos :

os
mencheviques: liderados por Martov, defendiam que os trabalhadores podiam conquistar o poder participando normalmente das atividades políticas. Acreditavam, ainda, que era preciso esperar o pleno desenvolvimento capitalista da Rússia e o desabrochar das suas contradições, para se dar início efetivo à ação revolucionária. Como esses membros tiveram menos votos em relação ao outro grupo, ficaram conhecidos como mencheviques, que significa minoria.
os
bolcheviques: liderados por Lênin, defendiam que os trabalhadores somente chegariam ao poder pela luta revolucionária. Pregavam a formação de uma ditadura do proletariado, na qual também estivesse representada a classe camponesa. Como esse grupo obteve mais adeptos, ficou conhecido como bolchevique, que significa maioria. Trotsky, que inicialmente não se filiou a nenhuma das facções, aderiu aos bolcheviques mais tarde.
A Revolta de 1905: o ensaio para a revolução
Em
1904, a Rússia, que desejava expandir-se para o oriente, entrou em guerra contra o Japão devido à posse da Manchúria, mas foi derrotada. A situação socioeconômica do país agravou-se e o regime político do czar Nicolau II foi abalado por uma série de revoltas, em 1905, envolvendo operários, camponeses, marinheiros (como a revolta no navio couraçado Potemkin) e soldados do exército. Greves e protestos contra o regime absolutista do czar explodiram em diversas regiões da Rússia. Em São Petersburgo, foi criado um soviete (conselho operário) para auxiliar na coordenação das várias greves e servir de palco de debate político.
Diante do crescente clima de revolta, o czar Nicolau II prometeu realizar, pelo
Manifesto de Outubro, grandes reformas no país: estabeleceria um governo constitucional, dando fim ao absolutismo, e convocaria eleições gerais para o parlamento (a Duma), que elaboraria uma constituição para a Rússia. Os partidos de orientação liberal burguesa (como o Partido Constitucional Democrata ou Partido dos Cadetes) deram-se por satisfeitos com as promessas do czar, deixando os operários isolados.
Terminada a guerra contra o
Japão, o governo russo mobilizou as suas tropas especiais (cossacos) para reprimir os principais focos de revolta dos trabalhadores. Diversos líderes revolucionários foram presos, desmantelando-se o Soviete de São Petersburgo. Assumindo o comando da situação, Nicolau II deixou de lado as promessas liberais que tinha feito no Manifesto de Outubro. Apenas a Duma continuou funcionando, mas com poderes limitados e sob intimidação policial das forças do governo.
A
Revolução Russa de 1905, mais conhecida como "Domingo Sangrento", tinha sido derrotada por Nicolau II, mas serviu de lição para que os líderes revolucionários avaliassem seus erros e suas fraquezas e aprendessem a superá-los. Foi, segundo Lenin, um ensaio geral para a Revolução Russa de 1917.
Revolução de 1917
• A queda do Czar e o processo revolucionário
Mesmo abatida pelos reflexos da derrota militar frente ao Japão, a Rússia envolveu-se noutro grande conflito, a
Primeira Guerra Mundial (1914-1918), em que também sofreu pesadas derrotas nos combates contra os alemães. A longa duração da guerra provocou crise de abastecimento alimentar nas cidades, desencadeando uma série de greves e revoltas populares. Incapaz de conter a onda de insatisfações, o regime czarista mostrava-se intensamente debilitado.

Numa das greves em Petrogrado (actualmente São Petersburgo, então capital do país), Nicolau II toma a última das suas muitas decisões desastrosas: ordena aos militares que disparem sobre a multidão e contenham a revolta. Partes do exército, sobretudo os soldados, apóiam a revolta. A violência e a confusão nas ruas tornam-se incontroláveis. Segundo o jornalista francês Claude Anet, morreram em São Petersburgo cerca de 1500 pessoas e cerca de 6000 ficaram feridas.
Em
15 de março de 1917, o conjunto de forças políticas de oposição (liberais burguesas e socialistas) depuseram o czar Nicolau II, dando início à Revolução Russa. O czar foi posteriormente assassinado junto com sua família.
Revolução de Fevereiro ou Revolução Branca
A primeira fase, conhecida como
Revolução de Fevereiro, ocorreu de março a novembro de 1917.
Em
23 de Fevereiro (C.J.) (8 de Março, C.G.), uma série de reuniões e passeatas aconteceram em Petrogrado, por ocasião do Dia Internacional das Mulheres. Nos dias que se seguiram, a agitação continuou a aumentar, recebendo a adesão das tropas encarregadas de manter a ordem pública, que se recusavam a atacar os Provisório. O outro era o Soviete de Petrogrado, formado por trabalhadores, soldados e militantes socialistas de várias correntes.
Temendo uma repetição do
Domingo Sangrento, o Grão-Duque Mikhail ordenou que as tropas leais baseadas no Palácio de Inverno não se opusessem à insurreição e se retirassem. Em 2 de Março, cercado por amotinados, Nicolau II assinou sua abdicação.
Após a derrubada do czar, instalou-se o Governo Provisório, comandado pelo príncipe
Georgy Lvov, um latifundiário, e tendo Aleksandr Kerenski como ministro da guerra. Era um governo de caráter liberal burguês, intensamente interessado em manter a participação russa na Primeira Guerra Mundial. Enquanto isso, o Soviete de Petrogrado reivindicava para si a legitimidade para governar. Já em 1 de Março, o Soviete ordenava ao exército que lhe obedecesse, em vez de obedecer ao Governo Provisório. O Soviete queria dar terra aos camponeses, um exército com disciplina voluntária e oficiais eleitos democraticamente, e o fim da guerra, objectivos muito mais populares do que os almejados pelo Governo Provisório.
Com ajuda alemã, Lenin regressa à Rússia em Abril(
C.J.), pregando a formação de uma república dos sovietes, bem como a nacionalização dos bancos e da propriedade privada. O seu principal lema era: Todo o poder aos sovietes.
Entretanto, o processo de desintegração do Estado russo continuava. A comida era escassa, a inflação bateu a casa dos 1.000 %, as tropas desertavam da fronte matando seus oficiais, propriedades da nobreza latifundiária eram saqueadas e queimadas. Nas cidades,
conselhos operários foram criados na maioria das empresas e fábricas.A Rússia ainda continuava na guerra.
manifestantes.
No dia
27 de Fevereiro (C.J.), um mar de soldados e trabalhadores com trapos vermelhos em suas roupas invadiu o Palácio Tauride, onde a Duma se reunia. Durante a tarde, formaram-se dois comités provisórios em salões diferentes do palácio. Um, formado por deputados moderados da Duma, se tornaria o Governo



Revolução de Outubro ou Revolução Vermelha

A segunda fase, conhecida como revolução de Outubro, teve início em novembro de 1917.
Na madrugada do dia
25 de outubro os bolcheviques, liderados por Lênin, Zinoviev e Radek, com a ajuda de elementos anarquistas e Socialistas Revolucionários, cercaram a capital, onde estavam sediados o Governo Provisório e o Soviete de Petrogrado. Muitos foram presos, mas Kerenski conseguiu fugir. À tarde, numa sessão extraordinária, o Soviete de Petrogrado delegou o poder governamental ao Conselho dos Comissários do Povo, dominado pelos bolcheviques. O Comitê Executivo do mesmo Soviete de Petrogrado rejeitou a decisão dessa assembléia e convocou os sovietes e o exército a defender a Revolução contra o golpe bolchevique. Entretanto, os bolcheviques predominaram na maior parte das províncias de etnia russa. O mesmo não se deu em outras regiões, tais como a Finlândia, a Polônia e a Ucrânia.
Em
3 de Novembro, um esboço do Decreto sobre o Controle Operário foi publicado. Esse documento instituía a autogestão em todas as empresas com 5 ou mais empregados. Isto acelerou a tomada do controle de todas as esferas da economia por parte dos conselhos operários, e provocou um caos generalizado, ao mesmo tempo que acelerou ainda mais a fuga dos proprietários para o exterior. Mesmo Emma Goldman viria a reconhecer que as empresas que se encontravam em melhor situação eram justamente aquelas em que os antigos proprietários continuavam a exercer funções gerenciais. Entretanto, este decreto levou a classe trabalhadora a apoiar o recém-criado e ainda fraco regime bolchevique, o que possivelmente teria sido o seu principal objetivo. Durante os meses que se seguiram, o governo bolchevique procurou então submeter os vários conselhos operários ao controle estatal, por meio da criação de um Conselho Pan-Russo de Gestão Operária. Os Democrata, que foi perseguido pelos bolcheviques, todos os outros puderam participar livremente. Os Socialistas Revolucionários receberam duas vezes mais votos do que os bolcheviques, e os partidos restantes receberam muito poucos votos. Em 26 de Dezembro, Lênin publicou suas Teses sobre a assembléia constituinte, onde ele defendia os sovietes como uma forma de democracia superior à assembléia constituinte. Até mesmo os membros do partido bolchevique compreenderam que preparava-se o fechamento da assembléia constituinte, e a maioria deles foram contra isto, mas o Comitê Central do partido ordenou-lhes que acatassem a decisão de Lênin.
Na manhã de
5 de Janeiro de 1918, uma imensa manifestação pacífica a favor da assembléia constituinte foi dissolvida à bala por tropas leais ao governo bolchevique. A assembléia constituinte, que se reuniu pela primeira vez naquela tarde, foi dissolvida na madrugada do dia seguinte. Pouco a pouco, se tornou claro que os bolcheviques pretendiam criar uma ditadura para si, inclusive contra os partidos socialistas revolucionários. Isto levou os outros partidos a atuarem na ilegalidade, sendo que alguns deles passariam à resistência armada ao governo.
Durante este período, o governo bolchevique tomou uma série de medidas de impacto, como:
Pedido de
paz imediata: em março de 1918, foi assinado, com a Alemanha, o Tratado de Brest-Litovski, onde a Rússia abriu mão do controle sobre a Finlândia, Países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia), Polônia, Bielorússia e Ucrânia, bem como de alguns distritos turcos e georgianos antes sob seu anarquistas se opuseram a isto, mas foram voto vencido.
Era consenso entre todos os partidos políticos russos de que seria necessária a criação de uma
assembléia constituinte, e que apenas esta teria autoridade para decidir sobre a forma de governo que surgiria após o fim do absolutismo. As eleições para essa assembléia ocorreram em 12 de Novembro de 1917, como planejado pelo Governo Provisório, e à exceção do Partido Constitucional
domínio.
Confisco de propriedades privadas: grandes propriedades foram tomadas dos aristocratas e da Igreja Ortodoxa, para serem distribuídas entre o povo.
Declaração do
direito nacional dos povos: o novo governo comprometeu-se a acabar com a dominação exercida pelo governo russo sobre regiões tais como a Finlândia, a Geórgia ou a Armênia.
Estatização da economia: o novo governo passou a intervir diretamente na vida econômica, nacionalizando diversas empresas.
Durante o curto período em que os territórios cedidos no Tratado de Brest-Litovski estiveram em poder do exército alemão, as várias forças antibolcheviques puderam organizar-se e armar-se. Estas forças dividiam-se em três grupos que também lutavam entre si: 1) czaristas , 2) liberais, eseritas e metade dos socialistas e 3) anarquistas. Com a derrota da Alemanha em 1919, esses territórios tornaram-se novamente alvo de disputa, bem como bases das quais partiriam forças que pretendiam derrubar o governo bolchevique.
Ao mesmo tempo, Trotsky se ocupou em organizar o novo
Exército Vermelho. Com a ajuda deste, os bolcheviques mostraram-se preparados para resistir aos ataques do também recém formado Exército polonês, dos Exércitos Brancos de Denikin, Kolchak, Yudenich e Wrangel(que se dividiam entre as duas primeiras facções citadas no parágrafo anterior), e também para suprimir o Exército Insurgente de Makhno e a Revolta de Kronstadt, ambos de forte inspiração anarquista. No início de 1921, encerrava-se a guerra civil, com a vitória do Exército Vermelho. O Partido Bolchevique, que desde 1918 havia alterado sua denominação para Partido Comunista, consolidava a sua posição no governo.







Criação da União Soviética



Brasão de armas da URSS
Terminada a guerra civil, a Rússia estava completamente arrasada, com graves problemas para recuperar sua produção agrícola e industrial. Visando promover a reconstrução do país, Lenin criou, em fevereiro de 1921, a
Comissão Estatal de Planificação Econômica ou GOSPLAN, encarregada da coordenação geral da economia do país. Pouco tempo depois, em março de 1921, adaptou-se um conjunto de medidas conhecidas como Nova Política Econômica ou NEP. Entre as medidas tomadas pela NEP destacam-se: liberdade de comércio interno, liberdade de salário aos trabalhadores, autorização para o funcionamento de empresas particulares e permissão de entrada de capital estrangeiro para a reconstrução do país. O Estado russo continuou, no entanto, exercendo controle sobre setores considerados vitais para a economia: o comércio exterior, o sistema bancário e as grandes indústrias de base.
O Governo Operário na União Soviética
Desde 1918, após uma tentativa de assassinato de Lenin no mês de agosto com a participação de membros do partido Socialista Revolucionário, os comunistas tinham proibido os outros partidos políticos. Em abril de 1922, Stalin foi nomeado secretário-geral do Partido, encarregando-se de combater as facções de oposição no interior do Partido e de garantir os postos importantes da administração estatal para pessoas da inteira confiança do regime o que foi por ele utilizado para impor à administração interna a hegemonia do seu grupo pessoal.
Em
dezembro de 1922, foi organizado um congresso geral de todos os sovietes, ocorrendo a fundação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). O governo da União, cujo órgão máximo era o Soviete Supremo (Legislativo), passou a ser integrado por representantes das diversas repúblicas.
Competia ao Soviete Supremo eleger um comitê executivo (
Presidium), dirigido por um presidente a quem se reservava a função de chefe de estado. Competiam ao governo da União as grandes tarefas relativas ao comércio exterior, política internacional, planificação da economia, defesa nacional, entre outros.
Paralelamente a essa estrutura formal, estava o Partido Comunista, que controlava, efetivamente, o poder da URSS. Sua função era controlar os órgãos estatais, estimulando sua atividade e verificando sua lealdade e manter os dirigentes em contato permanente com as massas. Também assegurava à população a difusão das ideologias vindas da alta cúpula.


A ascensão de Stalin

Lênin, o fundador do primeiro Estado socialista, morreu em janeiro de 1924. Teve início, então, uma grande luta interna pela disputa do poder soviético. Num primeiro momento, entre os principais envolvidos nesta disputa pelo poder figuravam Trotski e Stalin.
Trotski defendia a
tese da revolução permanente, segundo a qual o socialismo somente seria possível se fosse construído à escala internacional. Ou seja, a revolução socialista deveria ser levada à Europa e ao mundo.
Opondo-se a tese
trotskista, Stalin defendia a construção do socialismo num só país. Pregava que os esforços por uma revolução permanente comprometeriam a consolidação interna do socialismo na União Soviética.
A tese de Stalin tornou-se vitoriosa. Foi aceita e aclamada no XIV Congresso do
Partido Comunista.
Trotski foi destituído das suas funções como
comissário de guerra, expulso do Partido e, em 1929, deportado da União Soviética. Tempos depois, em 1940, foi assassinado no México, a mando de Stalin, por um agente de segurança soviético, que desferiu no antigo líder do Exército Vermelho golpes de picareta na cabeça.
- O governo de Stalin
A partir de dezembro de
1929, Stalin converteu-se no ditador absoluto da União Soviética. O método que utilizou para a total conquista do poder político teve como base a sua habilidade no controle da máquina burocrática do Partido e do Estado, bem como a montagem de um implacável sistema de repressão política de todos os opositores. Desse modo, Stalin conseguiu eliminar do Partido, do Exército e dos principais órgãos do Estado todos os antigos dirigentes revolucionários, muitos dos quais tinham sido grandes companheiros de Lénin, como Zinoviev, Bukharin, Kamenev, Rikov, Muralov entre outros.
Depois de
presos e torturados, os opositores de Stalin eram forçados a confessar crimes de espionagem que não haviam praticado. E, assim, conhecidos patriotas eram executados como traidores da pátria. Era a farsa jurídica que caracterizou as chamadas Josef Stalin depurações.
Durante o período
stalinista (1924 - 1953) calcula-se que o terror político soviético foi responsável pela prisão de mais de cinco milhões de cidadãos e pela morte de mais de 500 mil pessoas.
Houve êxito na reconstrução do país e na elevação do nível econômico e cultural da população soviética tornando a URSS, juntamente com os
Estados Unidos da América, após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) uma das superpotências mundiais.
Com a vitória dos aliados sobre o eixo nazi-fascista formado por
Alemanha, Japão e Itália, a União Soviética, o principal oponente da Alemanha na Europa passou a dispor de enorme prestígio internacional, mas teve enormes perdas humanas e materiais. O governo de Stalin terminou com sua morte no ano de 1953.
Crise de 29

A Grande Depressão, também chamada por vezes de Crise de 1929, foi uma grande depressão econômica que teve início em
1929, e que persistiu ao longo da década de 1930, terminando apenas com a Segunda Guerra Mundial. A Grande Depressão é considerada o pior e o mais longo período de recessão econômica do século XX. Este período de depressão econômica causou altas taxas de desemprego, quedas drásticas do produto interno bruto de diversos países, bem como quedas drásticas na produção industrial, preços de ações, e em praticamente todo medidor de atividade econômica, em diversos países no mundo.


~~> Causa da crise de 29

Com o fim da
Primeira Guerra Mundial, os países europeus encontravam-se devastados, com a economia enfraquecida e com forte retração de consumo, que abalou a economia mundial. Já os Estados Unidos por sua vez, aproveitaram o período pós-guerra para lucrar em cima dos países destruídos, exportando alimentos e produtos industrializados aos países aliados. Como resultado disso, entre 1918 e 1928 a produção norte-americana cresceu de forma estupenda. A prosperidade econômica gerou o chamado "american way of life" (modo de vida americano). Havia emprego, os preços caíam, a agricultura produzia muito e o consumo era incentivado pela expansão do crédito e pelo parcelamento do pagamento de mercadorias. Porém, que a economia européia posteriormente se reestabeleceu e passou a importar cada vez menos dos Estados Unidos. Com a retração do consumo na Europa, as indústrias norte-americanas não tinham mais para quem vender. Havia mais mercadorias que consumidores, ou seja, a oferta era maior que a demanda; consequentemente os preços caíram, a produção diminuiu e logo o desemprego aumentou. A queda dos lucros, a retração geral da produção industrial e a paralisação do comércio resultou na queda das ações da bolsa de valores e mais tarde na quebra da bolsa. Portanto, a crise de 1929 foi uma crise de superprodução.



~~> A bolsa de valores

Quase todas as grandes empresascapitalistas têm vário sócios. Cada sócio posssui um certa quantidade de ações . se um sócio possui 21% das ações da empresa, por exemplo, ele é dono de 21% de todo o patromônio( tudo que pertence a empresa: máquinas, périos, computadores...) e recebe 21% dos lucros dessa empresa. As ações porque são um fatia do lucro.
As ações podem ser negociadas na bolsa de valores, que é um instituição típica do sistema capitalista.
Quando um empresa estiver dando generosos lucros, muitas pessoas vão querer ter um parte dela, ou seja, comprarão suas ações. Como a procura é maior que a ofertao preço das ações sob. Se, em vez disso os investidores acharem que um empresa oferece riscos de prejuízo, poucos vão querer comprar suas ações – o que faz com que o valor das ações caia.
Nos EUA dos anos 20, as ações se valorizam por causa da euforia ecomômica. Mas quando apareceram as primeiras notícias de falência de empresas, todos os investidores se apavoraram e venderam suas ações – o que fez com que os preços fossem caindo sem parar até acontecer o Crack(quebra) da bolsa.


~~>A Lei Seca

De 1920 a 1933, o governo Americano impôs a Lei Seca. Ficou proibida a fabricação e venda de bebidas alcoólicas nos EUA. Nunca se bebeu tanto no país!

Nessa época surgirão os Gângsteres. Eram quadrilhas de bandidos que se aproveitavam da Lei Seca. Fabricavam Uísque clandestinamente, contrabandeavam bebidas, exploravam cassinos e prostitutas.


O mais famoso gângster foi Al Capone. Ele mandava seus capangas assasinarem qualquer um que atrapalhasse seus "negócios". Ele só foi preso quando descobriram que ele burlava o imposto de renda federal.



~~> O Crack da Bolsa: Começa a Crise Mundial

Com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque de 1929, bancos e investidores perderam grandes somas em dinheiro. A situação dos bancos era agravada pelo fato que muitos destes bancos haviam emprestado grandes somas de dinheiro a fazendeiros. Após o início da Grande Depressão, porém, estes fazendeiros tornaram-se incapazes de pagar suas dívidas. Isto, por sua vez, causou a queda dos lucros destas instituições financeiras. Pessoas que utilizavam-se de bancos, temendo uma possível falência destes, removeram destes os seus fundos. Assim, várias instituições bancárias foram fechadas. O total de instituições bancárias fechadas durante a década de 1920 e de 1930 foi de 14 mil, um índice astronómico.
Em
17 de maio de 1930, o governo dos Estados Unidos aprovou uma lei, o Ato Tarifário Smoot-Hawley, que aumentava as tarifas alfandegárias em cerca de 20 mil itens não-perecíveis estrangeiros. O Presidente americano Herbert Hoover pedira ao Congresso uma diminuição nos impostos, mas o Congresso, ao invés disto, votou a favor do aumento dos impostos. Um abaixo-assinado, assinado por mil economistas, pediu ao presidente americano para rejeitar este aumento. Apesar disto, Hoover assinou o Ato em 17 de maio. O Congresso e o Presidente acreditavam que isto iria reduzir a competição de produtos estrangeiros no país. Porém, outros países reagiram através da aprovação de leis e atos semelhantes, assim causando uma queda súbita nas exportações americanas. As taxas de desemprego subiram de 9% em 1930 para 16% em 1931, e 25% em 1933. Durante a década de 1930, a taxa de desemprego nos Estados Unidos não retornaria mais às taxas de 9% de 1930, se mantendo em perto da casa dos 20%.
Com o crescente fechamento de instituições bancárias,
menos fundos estavam disponíveis no mercado americano, fazendo com que a produção industrial americana continuasse a cair. Em 1929, o valor total dos produtos industrializados fabricados nos Estados Unidos foi de 104 bilhões de dólares. Em 1933, este valor havia caído para 56 bilhões, uma queda de aproximadamente 45%. A produção de aço caiu em cerca de 61%, entre 1929 e 1933, e a produção de automóveis caiu em cerca de 70% no mesmo período.
1933 foi o ápice da Grande Depressão nos Estados Unidos da América. As taxas de desemprego eram de 25% (ou um quarto de toda a força de trabalho americana). Cerca de 30% dos trabalhadores que continuaram nos seus empregos foram obrigados a aceitar reduções em seus salários, embora grande parte dos trabalhadores empregados tenham tido um aumento nos seus salários por hora. Outro problema enfrentado foi a grande deflação - queda do preço dos produtos e custo de vida em geral. Entre 1929 e 1933, os preços dos produtos industrializados não-perecíveis em geral nos Estados Unidos caíram em cerca de 25%. Já o preço de produtos agropecuários caiu em cerca de 50%, por causa do excedente da produção destes produtos - primariamente trigo. A quantidade destes produtos à venda excedia largamente a demanda, o que causou uma queda dos preços destes produtos. Os baixos preços levaram ao endividamento de muitos fazendeiros. Era comum casos de suicídio por parte de empresários, acionistas e investidores em geral, que haviam perdido tudo o que possuíam; E também por parte de outros civis, que, com a crise, haviam endividado-se e/ou não possuíam forma alguma de sustento devido ao fato de estarem desempregados.















~~> Superprodução



Desde Adam Smith predominava o ideal do Livre Mercado. Isso significava que cada empresário fazia o que quisesse e ninguem se metia nisso.
A burguesia queria lucrar e com isso foi investido sem parar, um tentando devorar o outro concorrente. Assim a econimia vai cressendo.
Nos EUA do anos 20, a produção econômia cresceu espetacularmente. Todavia, grande parte dos trabalhadores ainda vivia mui
to mal, as família operárias entulhavam-se em favelas, cortiços imundos recebendo salários mais nojentos que ratos. A distribuição de renda era muito injusta
Havia milhões de pobres nos EUA, e eles não podiam comprar os produtos produzidos abundantemente pelos empresários americanos. Como a econimia se desenvolvia sem nenhum controle acabou se tornando caótica: chegou um momento em que a produção superou a capacidade de consumo da sociedade. Havia mais produtos do que gente podendo comprá-los. Eis, então a causa basica da crise: A Superprodução de Mercadorias.





~~> A intervenção do estado (New Deal)


Para solucionar o problema, modificações na política econômica tiveram que serfeitas em vários países visando combater os efeitos da crise. Nos EUA, quando onovo presidente, Franklin Delano Roosevelt, foi eleito em 1932, pelo partido democrata as medidas começaram a surtir efeito.Com uma série de reformas antiliberais, com intensa intervenção do estado na economia, a situação foi se modificando. Esse conjunto de reformas foi denominadode "New Deal" (Nova Organização ou Novo Acordo) e se baseava na proposta do economista inglês John Maynard Keynes. Essas medidas se resumiam em:

Empréstimos ilimitados aos bancos para que pudessem disponibilizar uma linha de crédito controlado àqueles que tivessem em dificuldades e pudessem retornar ás atividades produtivas;
_____________________________________


Pagamento aos fazendeiros de uma indenização que cobrisse os prejuízos com a queima do excesso de produção. Tinha por finalidade equilibrar a oferta de produtos fazendo assim os preços subirem;

______________________________________

Auxilio aos Estados concedendo-lhes subsídios para que pudessem aumentar os salários dos empregados e criar um seguro-desemprego. Essa medida visava fortalecer o mercado consumidor;

______________________________________

Controle da jornada de trabalho, fixando-se um salário mínimo, proibição do emprego de crianças e das horas-extras;

_______________________________________

Legalização dos sindicatos para que pudessem negociar contratos coletivos de trabalho;
Promoção de um amplo programa de obras públicas (barragens, estradas, portos, hidrelétricas, habitação popular) para dar emprego á massa de desempregados;

_______________________________________

Ampliação e estatização do sistema de previdência social, ficando o governo responsável pelo amparo ao trabalhador em caso de invalidês, velhice e desemprego;
Controle severo sobre os preços dos produtos; cobrança de taxas sobre bebidas e sobre outros produtos supérfluos;

_______________________________________
Etc...

_______________________________________




Essas medidas levaram a criação do Estado que se caracterizava pela promoção do bemestar social ou Welfare State.


~~>Crise de 29 e Crise Atual


Comparar a crise atual com a crise de 1929 não é procedente sob o ponto de vista histórico.Hoje, temos mecanismos de certa segurança que não tinhamos naquela época, o FMI é um exemplo, e é preparado para atuar nesse tipo de emergência e já está atuando.Além disso hoje, existe uma grande diferença sobre a atuação do estado.Em 1929, o estado, por conta do liberalismo preferia deixar o mercado resolver seus problemas; hoje já são aplicados grandes recursos do governo dos EUA para que bancos COMERCIAIS sejam estatizados.Temos também o fato de que países como Alemanha, Japão, Arábia e China continuam em ritmo de crescimento e tem reservas financeiras boas, podendo assim emprestar para paises menos desenvolvidos.Na Islandia por exemplo, a crise foi sentida com grande pessoa, e a Rússia manifestou o interesse de emprestar alguns bilhões.Temos também a boa situação financeira de países emergentes como o Brasil, a Rússia e a India que também pode contribuir para a atividade econômica mundial não sofrer uma contração tão grande que passe do patamar de uma recessão para o da depressão, muito mais grave.Enfim, por enquanto, há vários pontos que impedem traçar um paralelismo entre a crise atual e a Grande Depressão da década de 1930. Só não se pode deixar de lembrar que a economia se inclui entre as ciências humanas e não entre as ciências exatas. No âmbito da economia, encontram-se componentes relacionados à mentalidade e ao comportamento das pessoas. Também se trabalha com base em expectativas do que pode acontecer em cenários futuros.




Dicas de Filmes Relacionados


~~>Vinhas da Ira:
História de uma família de trabalhadores rurais pobres durante a Grande Depressão de 29. Buscando oportunidades de uma vida melhor, Tom Joad, após cumprir pena, leva sua família de Oklahoma para a Califórnia. Durante a viagem, eles se deparam com uma nova realidade, ao mesmo tempo que descobrem que o lugar onde estão indo pode ser até pior do que o que deixaram para trás.

~~>Cindrella Man: Em 1929 América vê-se envolvida numa grande depressão económica, praticamente os empregos são inexistentes e a população americana está dividida em 2 grupos, um grande grupo de miséria total e outro pequenino de riqueza, “pois é nas grandes recessões económicas que alguns abutres se enchem de dinheiro”. Jim vive uma fase cheia de azares, parte varias vezes a mesma mão em combates e o publico já não vê em ele o menino de ouro.